Azamérica publica em jornal que vai processar clonadores de receptores
A nota, cuja imagem publicamos abaixo e está no fórum citado acima, foi publicado em um jornal do Paraguai, pois cita uma Lei bastante exótica daquele país, a Lei 1294/98, de proteção a marcas registradas.
Alguém aí pode imaginar o governo paraguaio protegente marcas registradas?
Mais surreal seria ver uma nota do tipo sendo publicado em um jornal do Brasil, coisa que sejamos sinceros, não aconteceria jamais, pois a Azamérica não teria aqui no Brasil o direito de reivindicar o que reivindicam no Paraguai.
Na nota a Azamérica reivindica seus direitos de marca de não ser clonado, cita que exigiu na justiça a apreensão dos receptores clones da marca, apreensão que ocorreu durante mais de uma vez em busca em diversas lojas do Paraguai a pedido da Azamérica.
A parte exótica quando a Azamérica falou sobre a apreensão é que ela diz que não extorquiu os lojistas do Paraguai, provavelmente houveram estes problemas de coação e extorsão dos comerciantes que denunciaram o fato à polícia e a imprensa do país, diz também que não tentou negociar a retirada dos receptores das lojas diretamente com os lojistas, então é mais um fato que deve ter ocorrido.
A Azamérica também diz que avisou aos lojistas diversas vezes de que faria a denúncia e iria pedir a apreensão dos receptores clones.
Ou seja, muitos dos receptores Azamérica apreendidos e destruídos no Paraguai podem ter sido apreendidos a pedido da própria fabricante.
Veja a tradução da publicação feita pela Azamérica no jornal paraguaio e abaixo a imagem da nota publicada no jornal.
Ao comércio em geral.
Os representantes legítimos da marca AzAmerica, etiqueta classe 9, registrada no escritório de propriedade industrial, subordinado ao Ministério da Indústria e Comérica, sobre o registro de n° 329953, em conformidade com a lei 1294/98, comunica que iniciou as ações penais em defesa de sua prestigiosa marca, dados os prejuízos econômicos e comerciais que ocasiona a falsificação e imitação fraudulenta do nosso produto, constatada pelas autoridades legais em procedimentos de busca realizados por ordem judicial.
Em tempo e na devida forma advertimos da possibilidade de tal operação, lamentavelmente não podemos combater somente com as reiteradas advertências. Pelo uso dos direitos que nos assiste, recorremos à justiça por que acreditamos suficientemente nela e em seus operadores.
Negamos categoricamente que se tenham realizado procedimentos extorsivos e menos ainda que se tenha realizado qualquer tipo de negociação, prova disto são as constantes atas lavradas em seu momento, em que constam as apreensões somente de produtos falsificados da marca Azamérica, às quais haviam sido advertidas previamente a nível de país.
Existe uma quebra de lei de marcas, estão falsificando e imitando fraudulentamente a marca Azamérica, situação que causa prejuízos grandiosos a nossa empresa, assim como um dano social por que o consumidor final compra do pirata sem nem se dar conta neste momento do engano a que é submetido e é isto o que estamos combatendo.
Longe da empresa Inatech S.A. querer causar inconvenientes a quem quer que seja, somente buscamos o justo, haver dado credibilidade e confiabilidade à marca foi um trabalho grande e custoso, por isso nos sentimos intimados pelas publicações mafiosas realizadas por pessoas inescrupulosas contrariamente a isto, ao que iremos potencializar a luta contra a falsificação e imitação fraudulenta da qual todos somos vítimas, tanto do ponto de vista economico como da perspectiva do direito da própria imagem e do prestigio que vai unido à marca, sem esquecer, claro, está o dano que se causa aos consumidores.
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